Resenha da Parte I:

O Senhor Dos Anéis: A Sociedade Do Anel – J. R. R. Tolkien

Resenha da Parte II:

O Senhor Dos Anéis: As Duas Torres – J. R. R. Tolkien

We heard of the horns in the hills ringing, 
the swords shining in the South-kingdom. 
Steeds went striding to the Stoningland
as wind in the morning. War was kindled. 
There The’ oden fell, Thengling might, 
to his golden halls and green pastures 
in the Northern fields never returning, 
high lord of the host. Harding and Guthla ‘f, 
Du ‘nhere and De ‘orwine, doughty Grimbold, 
Herefara and Herubrand, Horn and Fastred, 
fought and fell there in a far country:
in the Mounds of Mundburg under mould they lie
with their league-fellows, lords of Gondor.
Neither Hirluin the Fair to the hills by the sea,
nor Forlong the old to the flowering vales
ever, to Arnach, to his own country
returned in triumph; nor the tall bowmen, 
Derufin and Duilin, to their dark waters, 
meres of Morthond under mountain-shadows. 
Death in the morning and at day’s ending 
lords took and lowly. Long now they sleep
under grass in Gondor by the Great River. 
Grey now as tears, gleaming silver, 
red then it rolled, roaring water:
foam dyed with blood flamed at sunset;
as beacons mountains burned at evening;
red fell the dew in Rammas Echor. 

Escuta os cornos que cantam nas colinas, 
retinem cimitarras na Terra-do-Sul. 
Montados vão à batalha na Petroterra
como aragem na aurora. Terrível é a guerra. 
Lá Théoden tomba, Thengling possante, que ao paço dourado, às campinas doces nas terras
 do Norte não torna jamais,
senhor alto da hoste. 
Harding e Guthláf, Dúnhere e Déorwine, o intrépido Grimbold, 
Herefara e Herubrand, Horn e
 Fastred, vão à carga, à queda
 em campos distantes:
nos Morros de Mundburg sob o
 musgo repousam
unidos aos companheiros, senhores de Gondor. 
Nem Hirluin, o Belo, aos 
cabeços da costa, 
nem Forlong, o velho, 
aos vales floridos, 
inda a Arnach, à área amada, 
tornam em vitória; 
nem os formidáveis arqueiros, 
Derufin e Duilin, às turvas 
suas águas amadas de Morthond, dos montes 
sob a sombra. 
A morte na madrugada 
e na meta do dia 
amos ceifa e servos. Seu sono é long osob a grama de Gondor 
junto ao Grande Rio. 
Já lívida como lágrimas, límpida prata, era rubra em rolos 
e barulho a água:
do sangue era tinta, centelhas
ao sol poente; como flamas 
de fogo ao fim da tarde os
montes; rubro é o sereno 
em Rammas Echor. 

A Canção Dos Morros De Mundburg 
Páginas 1225 e 1226

Título original: The Lord Of The Rings – The Return of the King
Tradução: Ronaldo Kyrmse
Ano de lançamento do original: 1955
Ano de lançamento desta edição: 2019
Editora original: George Allen & Unwin
Editora desta edição: Harper Collins Brasil
Rio de Janeiro 
1ª Edição
608 páginas

Sinopse:

A guerra entre os Povos Livres da Terra-média e Sauron, o Senhor Sombrio da terra de Mordor, chega a seu clímax neste terceiro volume do romance O Senhor dos Anéis. As batalhas grandiosas que estão prestes a acontecer, no entanto, são apenas o pano de fundo para o verdadeiro drama: a missão quase suicida dos hobbits Frodo e Sam, que tentam destruir o Um Anel, fonte do poder de Sauron, infiltrando-se no coração do território do Inimigo.

Em O Retorno do Rei, acompanhamos o mago Gandalf e o hobbit Pippin em sua visita à a majestosa cidade de Minas Tirith, que já foi o principal baluarte dos Homens contra a ameaça de Sauron, mas que está prestes a sucumbir diante da força avassaladora do Senhor Sombrio. Outros membros da Sociedade do Anel se juntam a Aragorn, herdeiro da longa linhagem dos reis de Minas Tirith, na tentativa de evitar que a antiga capital do reino de Gondor seja destruída.

Nas fronteiras de Mordor, Sam resgata Frodo, e os dois hobbits partem para o último estágio de sua jornada rumo ao Monte da Perdição, uma jornada que testará os limites do corpo e da mente dos pequenos heróis. O livro inclui ainda numerosos apêndices, nos quais Tolkien explora detalhes da história, das línguas, dos alfabetos e até dos calendários de seu mundo ficcional.

Créditos da Sinopse:Amazon Brasil

Mapa da Terra Média I
Mapa da Terra Média II

Inomináveis Saudações a todos vós, Seres Do Mundo! 

A atmosfera desta Parte III de O Senhor Dos Anéis é de uma urgência e confluência de todas as situações para o combate daqueles que lutam para a continuidade da Liberdade contra as Sombrias Mãos daqueles que ameaçam-nos com a Escravidão desejada por Sauron. O Senhor Sombrio, O Inimigo, O Adversário de todas as Evolutivas e Boas Obras, Aquele Ser Que Precisa Ser Derrubado, Aquele Ser Que Precisa Ser Destruído, Aquele Ser Que Precisa Ser Extinto, junto com todos que seguem-lhe. Sabe quando uma leitura tem a tendência de nos fazer viver, mais do que já vivemos ao lermos um livro, com todo o nosso sangue, mente e alma de os eventos nela descritos? Pois bem, senhoras e senhores, a leitura de O Retorno Do Rei é assim, uma fragrância dentro de diversas fragrâncias no monumento de toda uma obra ímpar, grandiosa e clássica no sentido de estar entre as Grandes Obras Da Literatura Universal. Tolkien concluiu sua Saga da Terra Média em seu Momento Histórico Maior utilizando-se de odores junto a cores, versos, músicas, danças, luzes e sombras que expandem para um altíssimo nível tanto a experiência de leitores vorazes como eu quanto a intrínseca natureza do Escrever como Sublime Arte. Segurei a respiração, explodi em empolgação e devorei este livro até o fim com uma certeza fixa de que estava contemplando algo que literariamente supera muitas Escritas. 

Realizando agora a sintética comunhão das três Partes desta obra-prima entre todas as obras-primas de toda a História Literária Terrestre, percebo que é uma linguagem universal a presente em cada capítulo. Pois, sendo um Escritor e Poeta preocupado apenas em contar uma história da forma que ela é, literal e concretamente, Tolkien fornece uma elaboração estilística de apresentações dos mais diversos matizes e personalidades humanas. Sua formação como Filólogo capacitou-lhe não apenas na moldura de idiomas na Saga, mas na exploração de todas as capacidades das entrelinhas de todas as palavras como não encontrei em nenhum outro Autor que eu já tenha lido antes. E toda a natural elaboração das palavras no meio de ingredientes narrativos de uma história de Alta Fantasia tem seu ponto mais absoluto em O Retorno Do Rei, que é, como eu disse ao final da Resenha de As Duas Torres, detentor do título, para mim, da mais épica conclusão de um livro (considerando as três Partes de O Senhor Dos Anéis como apenas um livro, o que sempre foi o desejo de Tolkien) que já li até este meu atual momento de vida aos quarenta e sete anos de idade. 

O Rei Que Retorna, Aragorn, revela aqui, mais do que revelara nas duas Partes anteriores, as mais superiores qualidades de dignidade, honra, lealdade, heroísmo, entrega ao objetivo em comum com todos que desejam continuar sendo sempre livres e a paixão em ser autêntico na magnética personalidade que possui. É Rei por Direito, Excelência e Dever de Gondor, não fugindo das batalhas campais e nem aguardando que tudo ocorra a favor dele modelado pelo acaso ou não do Destino. Ele vai abrindo as Portas, dos Caminhos Dos Mortos ao Trono que o aguarda em Minas Tirith, com um crescente vigor que incendeia seus companheiros. Homem tão nobre e digno, jamais se rebaixaria diante de tudo que vinha de Mordor perigosamente sobre si e todos os demais residentes na Terra Média. Com um coração voltado para Arwen em Valfenda e as mãos no Empunhar e Manejar de Elendil, O Rei alcança toda sua Alta Glória como um dos maiores pilares da Grande Vitória contra O Mal da Terra Sombria. 

O Rei Que Se Sacrifica No Campo De Batalha, Théoden, o mais forte em vontade à frente do Grande Exército de Rohan, o qual teve grande participação nas ferozes batalhas que trouxeram a Grande Vitória contra as Sombrias Hordas Inimigas. Demonstrando ser um Grande Rei, ele marchou à frente dos seus desde os eventos que a ele ligaram-se em As Duas Torres. Sendo máximo exemplo, junto a Aragorn, de tudo que se constitui como o Ser de um Verdadeiro Governante, condutor exemplar de homens e mulheres, ele tem aqui no livro uma marcante e emocionante participação. Sua atuação, em avançada idade, louvável, grandiosa e destemido, encarregou-se de muita importância para a vitória na Batalha Dos Campos De Pelennor. Tombar corajosa e imponentemente como tombou, independente da estranha forma como tal evento se deu, faz dele um grande e inesquecível Personagem. Um Rei que valorizou seu Cetro, sua Coroa, seu Trono e seu Povo entregando-se em batalha pelo ideal da Grande Vitória contra Malignas Forças. 

A Guerreira Que Governa A Si Mesma, Éowyn, que nunca se satisfizera em ser apenas uma peça imóvel em Edoras, a Cidade Regente de Rohan. Assim como o tio Théoden, sua audácia, coragem, valor e brilho expõem-se em alta frequência nas páginas deste livro. Tenho a opinião de que, para Aragorn, pelo qual ela apaixonara-se, Éowyn seria uma companheira de vitalíssimo acréscimo ao Poder Pessoal do Rei que ele sempre fora. Arwen, uma Elfa, uma Imortal, que, diferente do que foi visto na Adaptação Cinematográfica, não chegou a adentrar no campo de batalha, foi uma escolha do coração dele. A Razão me faria, agora falando claramente segundo o meu ponto de vista pessoal, escolher a Guerreira de Rohan, por questões práticas referentes a um complemento que sabe o que é o comum viver dos Mortais. Porém, a escolha de Aragorn pela filha de Elrond (repito, uma escolha do coração e que não o fez proferir aquela fala grosseira que há no filme para Éowyn, a esta diminuindo como mulher; com até uma certa delicadeza para um Caminheiro acostumado com as rudes condições da vida e muita sensibilidade, ele a fez entender que o coração dele já estava ocupado pela escolha há muito tempo) não fez com que a nobre Guerreira se perturbasse ou diminuísse, apenas deu-lhe o motivo necessário para melhor cumprir o papel que seu próprio coração lhe ordenava. O Papel de uma Guerreira que realizou um grande feito no grande combate campal realizado em Pelennor. 

Ela e Faramir, um outro Personagem Maior nesta fantástica conclusão, se aproximaram em muitos sentidos. Faramir tem seus momentos de brilho próprio e seu esforço louvável em impedir muito mais de avanços das Forças Mordorianas tem tudo também de louvável. Com o pai, Denethor, há uma passagem plena de loucura e bem mais detalhada como transposta para o filme. O impassível é perspicaz Regente de Gondor e Gandalf, o qual tem neste livro uma muito preciosamente participativa constância de atos que constroem a Grande Vitória, tem um embate aqui que vale a pena observar. Muito que ficou de fora do filme, para explicar a loucura de Denethor, vem a ser nas páginas exposto com clareza e direção a fazerem entender que a direção do Olhar de Sauron era irresistível e perturbadora até mesmo das vontades e mentes mais poderosas como a daquele. Pippin tem uma conduta nos eventos em Tirith tão precisa em potência quanto Merry junto aos de Rohan, com Gandalf assumindo para si uma tribo total responsabilidade para evitar o pior diante dos portões da Cidade Real. Teria sido interessante Tolkien ter mostrado mais do embate entre ele e o Rei Dos Nâzgul, mas a própria imaginação de um leitor como eu aplica-se a uma paisagem de movimentos livre para introduzir algo na luta entre os dois que não foi mostrada. 

E o ponto extremo de O Retorno Do Rei está com Frodo, Sam e Smeágol. A coragem e a perseverança dos Hobbits até o Monte da Perdição explica de uma definitiva maneira o porquê da escolha de improváveis heróis para uma grande missão relacionada ao destino de um mundo livre ameaçado por um Tirânico Poder. Lendo e participando dos momentos de Frodo e de Sam, no passo a passo, centímetro a centímetro, da aproximação que faziam do único local onde o Um Anel poderia ser destruído, a sensação foi de ser cada um deles. A fuga nervosa tanto dos Orques à espreita em redor deles e de um alucinado perseguidor que objetivava ter de volta o seu Precioso, tornam esta parte de O Senhor Dos Anéis um livro próprio. Aliás, os trajetos, os perigos e todo menor e maior evento ocorrido com os dois grandes heróis de toda a Saga são mesmo o ponto extremo desta, como acima eu disse. Smeágol tem um papel final aqui como logo no primeiro livro Gandalf mencionara que ele teria e o fim da ameaça de Sauron foi uma espécie de Grito Eterno Fulminador de diversas correntes que pretendiam aprisionar corpos, mentes e almas. Sauron cai, A Grande Vitória se ergue por toda a Terra Média! Os vitoriosos comemoram, é O Fim Do Grande Perigo Do Obscuro Alto Senhor Das Trevas! O Rei Retorna, assume seu Trono, recebe a sua Coroa e desposa a sua Rainha! Uma nova Era para a Terra Média, mas que marca, junto com a Queda De Sauron, o fim de uma outra Era. 

Este outro fim vós, leitoras e leitores virtuais, somente poderão saber se lerem O Retorno Do Rei. Este não termina como o filme terminou, ocorrem outros eventos a mais logo após Sauron ter sido derrubado. Poderia ter havido um quarto filme mostrando o que as páginas consequentes narram, mas assim é bom porque, como ocorreu comigo, foi válido saber que há algo além daquele “Final Feliz” da adaptação. A obra completa-se com seis Apêndices e um Índice Remissivo, complementando um grande trabalho feito pela Editora Harper Collins que merece ser reconhecido e ovacionado. Escrevendo esta última Resenha sobre O Senhor Dos Anéis, dá até uma fervente vontade de ler de novo a obra desde o começo… Cada parte é extraordinária e, verdadeira e profundamente, afirmo ser esta conclusão gloriosa e excelsa infinitamente perfeita. Tolkien é um Gênio Eterno Literário e todas e todos que dão alto valor à Leitura e à Escrita tem o Dever de conhecê-lo e reconhecê-lo como um Grande Mestre. Não o enalteço como a um Deus Pai, como muitos Fãs do Universo Tolkieniano fazem em diversas partes do mundo, de modo cego. O que pretendo elogiando-o pela excelência desta narrativa da Terra Média é apenas fazer o meu mais inominável reconhecimento de que tenho em minha Biblioteca mais um dos Grandes Mestres da Escrita. Isto não é bajulação barata ou forçada, um fanatismo de Fãs xiitas deste Universo; isto é apenas a minha afirmação de que ele se tornou um dos meus Autores favoritos e tudo o mais dele, desde o que ele mesmo escreveu até as obras derivadas das anotações que o mesmo fizera, catalogadas principalmente por um dos filhos dele, Christopher Tolkien, vou adquirir. 

Se a pessoa que me presenteou com este livro estiver lendo este final de texto, independente de tudo que tenha ocorrido para o rompimento de nossa amizade, lhe agradeço novamente pela relíquia magnífica que me destes. E se cada um de vós que lestes as três Resenhas chegaram até aqui, lhes agradeço por lerem tudo que nasceu do que a Saga me proporcionou, disse e deu. Estarei de volta amanhã ao blog, leitoras e leitores virtuais! E, espirituosamente aqui parafraseando Gandalf, quando eu voltar… estarei de volta! 

Saudações Inomináveis a todos vós, Seres Do Mundo!

J. R. R. Tolkien
Página 1073
Páginas 1074 e 1075
Página 1075
Apêndice A
Página 1467
Apêndice B
Páginas 1538 e 1539
Apêndice C
Páginas 1562 e 1563
Apêndice D
Página 1575
Apêndice E
Página 1585
Apêndice F
Página 1605
Índice Remissivo
Páginas 1624 e 1625
Poemas originais
Páginas 1670 e 1671
Dust Jacket design for the Return of the King
J. R. R. Tolkien
Página 1677
Barad-dûr
J. R. R. Tolkien
Página 1678
Contracapa com uma ilustração de Barad-dûr
Meu exemplar de O Senhor Dos Anéis: O Retorno Do Rei


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