Japão
5 Episódios
Duração: 45-56 minutos
Baseado no Mangá YuYu Hakusho de Yoshihiro Togashi
Desenvolvimento:  Akira Morii e Kaata Sakamoto
Roteiro: Tatsurō Mishima
Direção: Shō Tsukikawa
Elenco: Takumi Kitamura (Yusuke Urameshi), Shuhei Uesugi (Kazuma Kuwabara), Jun Shison (Kurama), Kanata Hongō (Hiei), Sei Shiraishi (Keiko Yukimura), Kotone Furukawa (Botan), Ai Mikami (Yukina), Hiroya Shimizu (Karasu), Keita Machida (Koenma), Meiko Kaji (Genkai), Ayumi Ito (Atsuko Urameshi), Kenichi Takitō (Velho Toguro), Go Ayano (Jovem Toguro) e Goro Inagaki (Sakyo)
Música: Yutaka Yamada
Compositor: F.A.M.E.S. Project
Country of origin
Producer Executivo: Kaata Sakamoto
Produtor: Akira Morii
Cinematografia: Kosuke Yamada
Edição: Junnosuke Hogaki
Companhia Produtora: Robot Communications
Lançamento original: Netflix
Data de lançamento: 14 de dezembro de 2023

Sinopse:

Depois de perder a vida em um ato de bondade, o delinquente juvenil Yusuke Urameshi é chamado para ser detetive espiritual e investigar casos de Yokais perigosos.

⚖️Créditos da Sinopse: Netflix

Inomináveis Saudações a todos vós, Seres Do Mundo!

Nas Resenhas de tudo que assisto, leio e ouço, sempre peço para os leitores não se ligarem nas minhas observações, nem mesmo levarem em conta como grandes e únicas verdades as minhas explanações. Diferentes de muitos por aí, os quais não valem a pena serem citados, não influencio ninguém a gostar ou desprezar cegamente uma obra, eu sempre procuro incentivar cada um a buscar saber o que a mesma é por conta própria. Portanto, a vocês que conhecem o Anime de Yu Yu Hakusho e ficam lendo Resenhas antes de assistirem a Adaptação em Live Action da Netflix, recomendo que esqueçam todas as que te induzem a ter um pré-conceito antes da sua interação com a produção em si. E a vocês que conhecem tanto o Anime quanto o Mangá, façam a mesma escolha em deixarem de lado o que está sendo escrito, tanto de exaltado quando de decepcionado, sobre esta Adaptação, e pulem direto para a obra audiovisual.

Preciso esclarecer agora um detalhe bem sincero, fundamental e esclarecedor deste texto aqui antes que o mesmo continue: isto não é exatamente uma Resenha, mas um diálogo de um grande Fã do Universo Ficcional do Anime de Yu Yu Hakusho com outros Fãs antigos ou recentes, sem ser uma declaração de qualidades ou defeitos do que foi produzido pela Netflix. Continuemos, agora, juntos neste bate-papo sem o peso da analítica frieza de uma Resenha que sai de mim e de outros Resenhistas muitas vezes, em certa medida.

Por causa de muita Resenha e até vídeos reclamando desta Série, o afastamento de muita gente é bem grande. E isso não ocorre apenas com Adaptações de Animes (bem, algumas são muito ruins mesmo, mas isto é assunto para outros textos), mas com as de Livros e Quadrinhos igualmente. O processo todo mundo já conhece: os Fãs querem infinita fidelidade ao material original, sem nada ser modificado ou acrescentado, sem inovações, um produto mais parecido com um xerox do original do que uma obra que possa elevar  o universo da mesma com conceitos e visões novos. Muitos ou todos vocês que chegarem até este texto aqui postado são assim; eu também sou assim, ainda mais se uma obra querida e amada por mim for levada para uma Adaptação em uma Mídia diferente daquela em que a conheci. Entretanto, não podemos ser crianças mimadas, bebês chorões e constantemente chatos exigindo que tudo seja exatamente igual conforme desejamos. Se nem nas nossas vidas pessoais, muitas vezes, não conseguimos fazer com que as coisas funcionem como desejamos, o que podemos fazer para que criações sob o domínio de grandes Empresas não se desviem demais das suas origens?

Entendam que eu não estou atacando ninguém que esteja pela Internet massacrando esta Adaptação, a qual, para mim, é uma Releitura, uma Versão (ainda escreverei um texto diferenciando Adaptação e Versão conforme compreendo cada uma das duas) que se apoia em um registro de história que teve promissora existência em Mangá e Anime. O que eu estou dizendo é que, na realidade, não temos nenhum controle sobre o que pode resultar de um Live Action baseado em obras advindas daquelas duas Mídias porque não possuímos influência alguma nas decisões de Prudutores, Diretores e Roteiristas. A Netflix já errou bastante em Live Actions (Cowboy Bebop, Death Note, Resident Evil, etc.) e acertou em poucos (One Piece, o grande e único exemplo recente, o qual preciso assistir ainda); e cometeu um pesadíssimo erro na Animação 3D de Saint Seiya e foi felicíssima com League Of Legends através da bem sucedida Arcane (outra obra que preciso mesmo assistir). Irregular e inconstante, a Produtora, que, ultimamente, tem sido muito contestada pela duvidosa qualidade de seu catálogo, não destruiu nada da obra de Yoshihiro Togashi e nem construiu uma obra-prima baseada na mesma. O que foi feito respeita o material original em sua essência e, ao mesmo tempo, tem a coragem de ter uma interpretação muito pessoal da história alterando o ritmo e a velocidade dos acontecimentos que o aquele mostra.

Fiquei curioso e preocupado com o resultado final quando soube que em cinco episódios reuniram quatro arcos diferentes, mas em um domingo, dia 20 de dezembro de 2023, segui tranquilo para assistir sem modelar qualquer expectativa. Realmente, como eu escrevi acima, não é uma obra-prima, tanto quanto o original não é; entretanto, talvez muito pela nostalgia e pelo enredo muito bem desenvolvido do Anime, gostei muito da Série. Quando conheci Yu Yu Hakusho, eu já era um adolescente e, assim, voltando no tempo, me adequando ao que assistia, cheguei até mesmo a me empolgar. Quem conheceu sendo uma criança terá uma certa decepção (eu tive algumas, principalmente porque muitas partes importantes foram cortadas) e estranhará tanto o número de episódios quanto a falta de uma construção mais longa da história e dos Personagens adaptados. O olhar adolescente e o olhar infantil somente se diferenciam nas tonalidades com as quais verificam o mundo em si diante deles; o olhar adulto, produto mesclando ambos sem deixar totalmente de fora qualquer um deles, vai sempre encontrar um caminho por onde a decepção não se torne ódio e a insatisfação não cresça até o nível do comportamento de um hater xingando Elenco e Produção da Série.

A maioria de vocês lendo até aqui é formada por adultos e está entendendo melhor o que eu estou querendo fazer com que percebam. Tenho uma certa decepção e insatisfação, de verdade, com este Live Action de uma obra que faz parte da minha Existência com muito afeto, carinho e Amor Real. Porém, não vou sair pela Internet vomitando ataques para todo lado, gastando energia discutindo com quem não viu os defeitos desta Adaptação e nem crucificando a Netflix, a qual, desta vez, não é responsável por mais uma calamidade no mundo do Entretenimento. Valeram a pena as horas em que fiquei a assistir esta Primeira Temporada, ver Personagens que conheci em Animação 2D na pele, nos ossos e nos órgãos de pessoas de nossa Realidade confesso ter sido um sonho que realizei. Sonho de adolescente, que ainda sou em alguma parcela do meu Ser; e um sonho de criança, a criança que na superfície de minha Personalidade ainda dá ares de ser viva em mim. E um sonho de adulto que se recusa a deixar de se encantar com o Mundo Da Imaginação, com a Ficção e as Mitologias nascidas da Criatividade. Se a uma coisa posso me dar como permitido, da minha parte, para recomendar aos mais maduros, é que mantenham a criança e o adolescente que vocês ainda são bem perto de si enquanto estiverem assistindo a Série. Não pensem em mais nada, como fazíamos na época da Manchete assistindo de segunda a sexta Yu Yu Hakusho. Já pararam para pensar como naquela época não havia ninguém para tentar fazer com que aceitássemos suas palavras acerca de uma obra artística como Absolutíssimas Verdades?

Esqueçam, então, o Boomer  YouTuber rabugento, reclamão e mimizento tanto quanto o intelectualóide que concebe monótonos planos críticos analisando obras como esta com mensagens bem simples para todas as idades. Uma criança, conhecendo hoje o Universo de Yusuke Urameshi via este Live Action, vai, com toda certeza, se souber do Anime, a este querer assistir. Um adolescente, do mesmo modo, que nunca viveu na época de ouro da TV Manchete, pode conhecer e gostar bastante das duas versões do filho ficcional de Togashi. Qual presente maior para quem é realmente Fã do que marca para uma vida inteira ver as gerações posteriores apreciando o que se conheceu na infância e na adolescência? Chega uma hora em que é preciso raciocinar junto com o coração para podermos ver o melhor modo de reagirmos quando as obras ficcionais que a nós são bastante caras passam por adequações a tempos bem diferentes daqueles nas quais as conhecemos. O Live Action de Yu Yu Hakusho não é uma desgraça, nem chega perto de ser perda de tempo suprema e não possui a famosa “barriga” que acompanha a existência de obras muito longas (há muitos episódios do Anime que eu considero desnecessários, até mesmo dentro de arcos importantes como o do Torneio Das Trevas e o do Shinobu Sensui). Avance em direção a ele você, leitora e leitor que ainda não o assistiu, sem medo ou influência dos muitos detratores dele pelo Ciberespaço. Se você gostar ou não gostar; se você amar ou odiar: qualquer uma destas consequências nascerá da sua experiência e, não, a partir da influência de qualquer crítica destrutiva  ou de má-fé cuja intenção é impedir que muitas pessoas alcancem uma opinião própria acerca de algo. Prefira tomar um sorvete do que se apoiar na palavra de qualquer um(a) que sempre está disposto a se impor como Deus(a) da “Única Verdade” sobre qualquer coisa.

Nosso diálogo termina agora, minha senhora, meu senhor, que descobriu este texto em Pesquisa ou acompanha este blog. Eu aguardo que as minhas palavras façam com que tenham uma reflexão bem versátil, rica e ampla sobre o papel de vocês em exercerem seus direitos a terem sólidas opiniões sem qualquer forma de interferência de terceiros. Assistam esta Adaptação, sim, conscientes de que o valor de suas próprias interpretações é sempre o melhor. Continuem lendo Resenhas ou assistindo vídeos dos que podemos chamar de “Influencers Nerds”, “Influencers Otakus” ou qualquer outra coisa que eles(as) possam usar para definir-se. O mais importante, no entanto, é A SUA VISÃO, A SUA CONCEPÇÃO, A SUA HISTÓRIA COMO SENHOR(A) DE SUA PRÓPRIA OPINIÃO.

No corre-corre da Cinzenta Cidade Humana Contemporânea, senhoras e senhores, pensar com extrema liberdade é muito mais valioso do que todas as fortunas dos mais abastados de toda a Terra.

Saudações Inomináveis a todos vós, Seres Do Mundo!

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